Joaquim José Oliveira

Joaquim José de Oliveira
Joaquim José Oliveira
Nascimento 19 de janeiro de 1880
Marrancos, Portugal
Morte 13 de novembro de 1935 (55 anos)
Marrancos, Portugal
Residência Portugal
Nacionalidade português
Cônjuge Maria da Purificação Teixeira de Oliveira (1881-1948)
Alma mater Universidade de Coimbra
Ocupação Advogado
Campo(s) Política

Joaquim José de Oliveira (1880 - 1935) foi um político da Primeira República Portuguesa. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi ainda Conservador da Biblioteca Pública de Braga e Conservador do Registo Civil da mesma cidade. Foi irmão de Manuel José de Oliveira (1877-1918), bibliófilo, médico de renome e administrador de Ponte de Lima.

Biografia

Filho de Tomás José de Oliveira e de Maria Maximina de Oliveira, Joaquim José de Oliveira nasceu e faleceu em Marrancos, concelho de Vila Verde. Em 1896 concluiu os preparatórios no Seminário de Braga e no ano seguinte repetiu-os no liceu. Frequentou o curso teológico que concluiu com distinção em 1901, não abraçando contudo a vida eclesiástica.[1]

Em Outubro de 1902[2] matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra, curso que completou no ano da Greve Académica de 1907, tendo feito parte do grupo dos intransigentes e um dos principais instigadores daquela paralisação, além de ser o primeiro subscritor do célebre Manifesto redigido por Ramada Curto e outros[3]. Ainda em Coimbra, foi vice-presidente do Centro Republicano Académico, pertenceu à Associação Académica do Livre Pensamento e a um comité central carbonário.[3]

Tendo sido candidato a deputado nas últimas eleições da monarquia pelo Partido Republicano, foi eleito em 1911 pelo círculo de Braga.[4] Seu irmão Manuel José de Oliveira (1877-1918), médico e administrador de Ponte de Lima, foi nas mesmas eleições eleito por Viana do Castelo.

Eleito deputado também em 1915, 1919 e 1922, foi ministro da Instrução Pública do governo de Alfredo de Sá Cardoso ( 21.º governo republicano (Portugal)) de 19 de Junho de 1919 até 15 de Janeiro de 1920 e (reempossado) de 15 de janeiro de 1920 a 21 de janeiro de 1920.[5] Nessa qualidade assinou o decreto que instituiu a Faculdade de Letras da Universidade do Porto.[6]

Referências

  1. Cf. página 13 de As constituintes de 1911 e os seus deputados, por Eduardo Rodrigues Cardoso de Lemos, Lisboa, Livraria Ferreira, 1911.
  2. Cf. matrícula a 13.10.1902, registo PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/O/000708, http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=175876&ht=joaquim%7Cjos%C3%A9%7Coliveira.
  3. a b Cf. http://www.esas.pt/jaca/docs/Domingos%20Pereira.pdf
  4. Cf. Memória sobre os Deputados do Minho às Constituintes de 1911 por Luís António de Oliveira Ramos, Braga, 1976. Separata da Revista Bracara Augusta, Tomo XXX, Fasc. 70 (82).
  5. http://www.sg.min-edu.pt/pt/patrimonio-educativo/museu-virtual/galeria-de-ministros/ministerio-da-instrucao-publica/1913-1920
  6. Diário do Governo, 1.° série, n.° 99, de 24 de Maio de 1919.
  • v
  • d
  • e

António de Sousa Júnior José Sobral Cid Frederico Ferreira de Simas Joaquim Pimenta de Castro (interino) Manuel Goulart de Medeiros Junta Constitucional José de Castro (não empossado) Sebastião de Magalhães Lima José de Castro (interino) João Lopes Martins Frederico Ferreira de Simas (2.ª vez) Joaquim Pedro Martins António José de Almeida (interino) Joaquim Pedro Martins (continuação) José Maria Barbosa de Magalhães Artur de Almeida Ribeiro (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Junta Revolucionária Alfredo Magalhães Domingos Pereira Leonardo Coimbra Joaquim José Oliveira • Afonso Pinto Veloso (não empossado) Joaquim José Oliveira (reconduzido) João de Deus Ramos Vasco Borges Augusto Nobre Francisco Velhinho Correia (interino) Artur Octávio do Rego Chagas Felisberto Pedrosa (interino) Júlio Dantas Augusto Nobre (2.ª vez) Júlio Martins Tomé de Barros Queirós (interino) António Ginestal Machado António Alberto Torres Garcia (não empossado) Manuel de Lacerda de Almeida Francisco Alberto da Costa Cabral Alberto Rocha Saraiva Augusto Nobre (3.ª vez) Leonardo Coimbra (2.ª vez) João Camoesas António Maria da Silva (interino) João Camoesas (continuação) Manuel de Melo e Simas António Sérgio Hélder Ribeiro António de Abranches Ferrão António de Sousa Júnior (2.ª vez) Rodolfo Xavier da Silva Eduardo Santos Silva João Camoesas (2.ª vez) Eduardo Santos Silva (2.ª vez)

Bandeira ministerial portuguesa
« Monarquia Constitucional
Segunda República »
  • v
  • d
  • e
21.º governo republicano (1919–1920)
Presidente do Ministério
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
Artur Lopes Cardoso
Finanças
Guerra
Marinha
Alfredo Rodrigues Gaspar interino (1919) • Silvério da Rocha e Cunha (1919–1920)
Negócios Estrangeiros
Alfredo de Sá Cardoso interino (1919) • João de Melo Barreto (1919–1920)
Comércio e Comunicações
Colónias
Alfredo de Sá Cardoso (1919–1920) interino no final em substituição de Castro Álvaro de Castro (1920)
Instrução Pública
Joaquim José Oliveira
Trabalho
Agricultura
César de Lima Alves (1919–1920) • João Luís Ricardo sempre substituído interinamente por Domingues dos Santos (1920) • José Domingues dos Santos interino (1920)
Abastecimentos
Ernesto Navarro interino (1919)
← 20.º governo (1919) • 22.º governo (1920) / 23.º governo (1920) →
Controle de autoridade
  • Wd: Q16930164
  • WorldCat
  • VIAF: 99572394
  • PTBNP: 226752