Alexandre Braga, filho

Alexandre Braga, filho
Alexandre Braga, filho
Nascimento 18 de novembro de 1868
Porto
Morte 7 de abril de 1921
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Progenitores
  • Alexandre Braga, pai
Alma mater
Ocupação advogado, político, escritor, jornalista
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Alexandre Braga, filho (Porto, 18 de Novembro de 1868 ou 10 de Novembro de 1871 – Lisboa, 7 de Abril de 1921), foi um conceituado advogado e político republicano português, ligado ao Partido Republicano.

Biografia

De uma família da burguesia portuense, filho do advogado e escritor famoso do mesmo nome, e sobrinho de Guilherme Braga, Alexandre Braga, formou-se em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, abrindo, depois, banca de advogado no Porto. Desde estudante que aderiu ao ideário republi­cano, fundando efémeros jornais dedicados à causa (Portugal, A Crónica) e publicando, com Fausto Guedes Teixeira, folhetos políticos por ocasião do governo Hintze Ribeiro - João Franco (1894).

Casou com Ana de Lancastre Vasconcelos e Sousa Leme Corte-Real (17 de Outubro de 1870 - ?), filha de Manuel Cardoso Rangel de Quadros Corte-Real (10 de Agosto de 1824 - 31 de Março de 1877), Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher (13 de Março de 1861) Maria Teresa de Lancastre e Vasconcelos de Sousa Leme, 11.ª Senhora da Casa do Val de Couto (Porto, Santo Ildefonso, 26 de Maio de 1841 - Lisboa, 28 de Julho de 1905) e enteada do 1.º Visconde de Negrelos, de quem teve três filhas e um filho: as gémeas Maria Manuel e Maria Alexandre Corte-Real Braga, nascidas a 28 de Agosto de 1896, Maria Madalena Corte-Real Braga, nascida a 13 de Setembro de 1898, e Alexandre Manuel Corte-Real Braga, nascido a 4 de Dezembro de 1899 e falecido em 1945.

Mas foi como orador que Alexandre Braga veio sobretudo a distinguir-se, tanto no foro como, e especialmente, na política. Ao lado de António José de Almeida e Afonso Costa, mas porventura maior do que eles no brilho e na construção retórica, contribuiu decisivamente para difundir os ideais que servia entre as massas. Muito popular, foi eleito deputado republicano por Lisboa em 1906 e depois, sucessivamente, até à morte. Os anos de 1906-1910 corresponderam ao apogeu dos triunfos oratórios de Alexandre Braga.

A proclamação da República trouxe-lhe a deca­dência, tanto no discurso como no gozo da popularidade. Pelo Partido Democrático foi, no entanto, ministro do Interior no efémero governo de Azevedo Coutinho (Dezem­bro de 1914 a Janeiro de 1915) e, com mais continuidade, ministro da Justiça no último governo Afonso Costa, derrubado pelo Sidonismo (Abril a Dezembro de 1917). Mas era, já então, pouco conceituado pela sua vida dissoluta e pela sua incapacidade para a superar.

Exilado em 1917-1919, regressou depois a Por­tugal, distinguindo-se ainda pela sua interpretação do fenómeno sidonista e denunciação dos males internos do Partido Democrático que o haviam causa­do. Retirou-se da política em 1920, falecendo pouco depois. Tem uma Rua com o seu nome na cidade de Lisboa.

Pertenceu à Maçonaria, tendo sido iniciado em 1909 na Loja Fax, de Lisboa.

Nunca aceitou condecorações por ser um idealista e um maçon assumido.

Obras publicadas

  • Insultos (1894)
  • Discurso de defeza (1898)
  • Processo monstruoso (1902)
  • O juizo de invenção criminal e o incêndio da Rua da Magdalena : minuta do agravo crime no 741 (1907)
  • Incendio da Magdalena : subsidios para a história dos crimes da justiça em Portugal (1910)
  • Uma carta do Dr. Alexandre Braga no "Seculo" (1916)
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Referências

  • «Braga, Alexandre, 1871-1921». PORBASE - Base Nacional de Dados Bibliográficos. Consultado em 17 de junho de 2010 

Bibliografia

  • Guinote et al, Ministros e Parlamentares da 1ª Republica, Lisboa, Assembleia da República, 1991.
  • v
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António José de Almeida Bernardino Machado (interino) António José de Almeida (continuação) João Chagas Silvestre Falcão Alberto da Silveira (interino) Silvestre Falcão (continuação) Duarte Leite Augusto de Vasconcelos (interino) Duarte Leite (continuação) Rodrigo Rodrigues Bernardino Machado Alexandre Braga • Joaquim Pimenta de Castro (interino) Pedro Gomes Teixeira Junta Constitucional João Chagas (não empossado) José de Castro (interino) José Augusto Ferreira da Silva • João Catanho de Meneses Artur de Almeida Ribeiro António Pereira Reis • Brás Mousinho de Albuquerque António José de Almeida (interino) Brás Mousinho de Albuquerque (continuação) Artur de Almeida Ribeiro (2.ª vez) Junta Revolucionária António Machado Santos Henrique Forbes de Bessa • João Tamagnini Barbosa António Bernardino Ferreira • João Tamagnini Barbosa (2.ª vez) José Relvas Domingos Pereira António Maria Baptista (interino) Domingos Pereira (continuação) Alfredo de Sá Cardoso António Granjo (não empossado) Alfredo de Sá Cardoso (reconduzido) Domingos Pereira (2.ª vez) António Maria Baptista José Ramos Preto (interino) João Pedroso de Lima • António Granjo (interino) Felisberto Pedrosa Álvaro de Castro Liberato Pinto Bernardino Machado (2.ª vez) Abel Hipólito António Granjo (2.ª vez) Manuel Maria Coelho Carlos Maia Pinto Francisco da Cunha Leal António Maria da Silva António Ginestal Machado Alfredo de Sá Cardoso (2.ª vez) Alfredo Rodrigues Gaspar José Domingues dos Santos Vitorino Henriques Godinho Germano Martins • Domingos Pereira (3.ª vez) António Maria da Silva (2.ª vez)

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Afonso Costa Bernardino Machado (interino) Afonso Costa (continuação) Bernardino Machado (interino) Afonso Costa (continuação) Diogo Leote António Macieira Francisco Correia de Lemos • Álvaro de Castro Manuel Monteiro • Bernardino Machado (interino) Eduardo de Sousa Monteiro Augusto Vieira Soares (interino) José Maria Barbosa de Magalhães Joaquim Pimenta de Castro (interino) Guilherme Moreira Junta Constitucional Paulo Falcão • João Catanho de Meneses Luís Mesquita de Carvalho Alexandre Braga • José Maria Barbosa de Magalhães (interino) Junta Revolucionária Alberto de Moura Pinto • Martinho Nobre de Melo Alberto Osório de Castro Jorge Couceiro da Costa Afonso Pinto Veloso Francisco Joaquim Fernandes • Francisco Couceiro da Costa Domingos Pereira (interino) Francisco Couceiro da Costa António Granjo Artur Lopes Cardoso • Luís Mesquita de Carvalho (não empossado) Artur Lopes Cardoso (reconduzido) Luís Mesquita de Carvalho (2.ª vez) José Ramos Preto António de Oliveira e Castro • Artur Lopes Cardoso (2.ª vez) José de Matos Cid • Raul Lelo Portela Vasco Guedes de Vasconcelos (não empossado) António Arez • Vasco Guedes de Vasconcelos António de Abranches Ferrão João Catanho de Meneses (2.ª vez) Vasco Borges (interino) • João Catanho de Meneses (2.ª vez; continuação) António de Abranches Ferrão (2.ª vez) Artur Lopes Cardoso (3.ª vez) José Domingues dos Santos João Catanho de Meneses (3.ª vez) Pedro de Castro • Adolfo de Oliveira Coutinho • Casimiro Monteiro João Catanho de Meneses (4.ª vez)

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Bernardino Machado João Chagas (interino) Augusto de Vasconcelos António Vicente Ferreira (interino) Augusto de Vasconcelos (continuação) António Macieira Afonso Costa (interino) António Macieira (continuação) Bernardino Machado (2.ª vez; interino) Alfredo Augusto Freire de Andrade Augusto Vieira Soares • Joaquim Pimenta de Castro (interino) José Jerónimo Rodrigues Monteiro Teófilo da Trindade José Xavier de Brito (interino) Teófilo da Trindade (continuação) Junta Constitucional Augusto Alves da Veiga (não empossado) Francisco Teixeira de Queirós Augusto Vieira Soares (2.ª vez) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) José Maria Norton de Matos (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Alexandre Braga (interino) Augusto Vieira Soares (2.ª vez; continuação) Ernesto de Vilhena (interino) Junta Revolucionária Sidónio Pais Francisco Xavier Esteves (interino) Joaquim do Espírito Santo Lima • António Egas Moniz João do Canto e Castro (interino) António Egas Moniz (continuação) João Alberto de Azevedo Neves (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino) José Relvas (interino) Francisco Couceiro da Costa (interino; continuação) Rodolfo Xavier da Silva Alfredo de Sá Cardoso (interino) João de Melo Barreto Francisco Fernandes Costa (não empossado; interino) João de Melo Barreto (reconduzido) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez) Vasco Borges (interino) Rodolfo Xavier da Silva (2.ª vez cont.) Francisco António Correia • João de Melo Barreto (2.ª vez) Hélder Ribeiro (interino) João de Melo Barreto (2.ª vez; continuação) Domingos Pereira João de Melo Barreto (3.ª vez) António Ginestal Machado (interino) Alberto da Veiga Simões Júlio Dantas José Maria Barbosa de Magalhães Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (interino) José Maria Barbosa de Magalhães (continuação) Domingos Pereira (2.ª vez) Júlio Dantas (2.ª vez) Domingos Pereira (3.ª vez) Vitorino Henriques Godinho João de Barros • Joaquim Pedro Martins Albano Portugal Durão António do Lago Cerqueira (interino) Vasco Borges (2.ª vez)

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14.º governo republicano (1917)
Presidente do Ministério
Afonso Costa José Norton de Matos interino Afonso Costa continuação José Norton de Matos interino
Afonso Costa, 65.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Interior
Justiça e dos Cultos
Alexandre Braga • José Maria Barbosa de Magalhães interino
Finanças
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Negócios Estrangeiros
Augusto Vieira Soares • Alexandre Braga interino Augusto Vieira Soares continuação Ernesto de Vilhena interino
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